

MEDICINA A NOSSO ALCANCE
COMPLICAÇÕES NO PERIOPERATÓRIO
1) FEBRE NO PERIOPERATÓRIO
A) PEROPERATÓRIO:
1. Infecção pré-existente
2. Reação à droga
3. Reação transfusional
4. Hipertermia maligna
B) PÓS-OPERATÓRIO 24-72h
1. Atelectasia
2. Infecção necrosante de ferida operatória
3. Fistulas digestivas
4. (Streptococos e clostridium)
C) PÓS-OPERATÓRIO APÓS 3º DIA
1. Processos infecciosos, principalmente das feridas e por estáfilo
2. Infecção Urinária
COMPLICAÇÕES DA FERIDA CIRURGICA
A) SEROMA
1. Abaulamento bem delimitado
2. Sensação de pressão e desconforto
3. Drenagem espontânea de um líquido claro-amarelado (pode estar presente).
4. Como provenir: dreno de sucção
5. Como tratar: drenagem simples e curativo compressivo.
6. E se infeccionar: Abrir os pontos e cuidados locais
7. e se houver 2ª recidiva: Abrir os pontos e cuidados locais.
8. Fisiopatologia: gordura liquefeita, fluido sérico, fluido linfático, localizados no tecido subcutâneo.
B) HEMATOMA
1. Abaulamento azulado/ arroxeado.
2. Expansivo: promove dor e sintomas compressivos. Síndrome compartimental ou obstrução respiratória podem cursar de acordo com a região.
3. São coleções de sangue no sítio cirurgico, não confundir com equimose.
4. Como prevenir? buscando possíveis discrasias sanguíneas.
5. Como tratar: aguardar a reabsorção, ou drena em centro cirurgico se for muito grande, ou estiver crescendo. Intubação com drenagem se teve obstrução respiratória.
C) DEISCÊNCIA DE SUTURA
1. Abaulamentos timpânicos ou evisceração
2. Drenagem de um líquido com cor de Salmão
3. Separação pós-operatória de camadas musculoaponeuróticas abdominais.
4. Normalmente, causada por erro técnico.
5. Prevenção: reduzir possíveis infecções, reduzir desnutrição, reduzir erros em técnica.
6. Tratamento:
menos da metade? Ressutura em centro cirurgico
mais da metade? Retirar os pontos, fechar a parede
novamente,
evisceração: banhar alças com soro, leve
ressucitação volêmica, levar para o Centro
cirurgico.
D) INFECÇÕES
1. Eritema, calor, edema e dor.
2. Eventual drenagem espontânea de secreção purulenta.
3. Celulite nas bordas.
4. principal agente em cirurgias limpas: Staphylococcus aureus.
5. principais agentes em cirurgias limpocontaminadas ou contaminadas: Escherichia coli, enterococos.
6. Infecção superficial: pele e subcutâneo
7. Infecção profunda: fáscia e músculos
8. Infecções orgânicas: abscessos intraperitoneais, empiema, mediastinite.
9. Prevenção: antibioticoprofilaxia quando indicado.
10. Tratamento: abrir, lavar, desbridar, drenar. Antibiótico se houver celulite. Reoperar se for complexo.
E) FÍSTULA ENTEROCUTÂNEA
1. Evolução em uma semana após cirurgia, com modificações na motilidade intestinal. febre, sinais de inflamação no sítio cirúrgico, drenagem de pus e conteúdo intestinal. A sepse se inicia neste momento.
2. Formação de um pertuito entre órgãos abdominais e a pele.
3. Prevenção: avaliação nutricional pré-operatória, além de técnica cirúrgica adequada.
4. Tratamento:
a: ressucitação volêmica
b: controle da sepse
c: drenagem
d: redução do débito da fístula: dieta zero, IBP
e: nutrição parenteral total
f: avaliar resolução espontânea. Caso melhor, ressecção cirurgica do trajeto fistuloso.
F) FATORES RELACIONADOS AO FECHAMENTO ESPONTÂNEO DAS FÍSTULAS ENTEROCUTÂNEAS
1. FATORES FAVORÁVEIS
a. anatomia da fístula: trajeto longo >2 cm, único, lateral, não epitelizado, sem abscesso grande; origem em jejuno, coto duodenal, cólon, pancreáticobiliar.
b. condição do intestino: sem doença intestinal, sem obstrução distal, pequeno defeito intestinal <1cm.
c. condição da parede abdominal: intacta, sem doença e sem corpo estranho.
d. condição do paciente: sem sepse e nutrido efetivamente.
e. débito da fístula: baixo débito.
2. FATORES DESFAVORÁVEIS
a. anatomia da fístula: trajeto <2cm, múltiplos, associada a fístulas internas, terminal ou labiada, epitelizada, abscesso grande; origem: parede lateral do jejuno, estômago, íleo.
b. condição do intestino: doenças intestinais (Crohn), obstrução distal, grande defeito enteral > 1cm.
c. condiçaõ da parede abdominal: parede interrompida, com doença (infiltração neoplásica), com corpo estranho (tela).
d. condição do paciente: septico e desnutrido.
e. débito da fístula: alto débito.






